Tratado elementar do namoro (II)
Natureza e metodologia - Namorar é viver. E viver é evoluir. Há já mais de um ano o ninho foi construído e acomodado com penugem. Está um encanto e ela sempre bela, bem arranjada em conbinações (salvo seja...) de tons turquês. Eventualmente um nada pálida, a necessitar de aventura.
Por vezes, casmurra, dada a amúos, à indiferença. Fazendo de conta que a conversa não é consigo, aparentando até um certo ar galináceo.
As relações amorosas devem pautar-se pela harmonia. E se o lado feminino momentaneamente claudica, competirá ao parceiro evidenciar o seu brilho, o seu esplendor, toda a sua pujança. As formas apolíneas e coloridas do seu carácter, do seu penteado, porém jamais com estridências de voz, antes rugindo vagaroso, à moda do leão.
A dama sentir-se-á compreendida e protegida. Sofrerá um relance de submissão, assaz passageiro, para acabar lançando-se nos braços hercúleos do seu amado e guardião.
A vida do casal tornará então ao calorzinho do lar.
O ramo da oliveira (aditamento de estudo não obrigatório) - Há extravagâncias inesquecíveis que qualquer noite de apaziguação reclama e merece. É o caso do salto à Tarzan para cima de um grosso ramo de oliveira e, neste, o sequente salto, fazendo a lua piscar o olho, até os infinitos do sétimo céu. Ele e ela, os dois.