Quo vadis Pedro?
A reunião do Comité Central é já a manifestação de regozijo a realizar pela CGTP na segunda-feira da rejeição do programa do Governo. Seja o discurso de despedida claro, duro e dedicado aos portugueses. O grande combate da Oposição deverá visar as tão infelizmente habituais falhas de memória do eleitorado.
E ponto final no estafado tema da «legitimidade» e da «tradição». Os tempos são os da revolução possível, em que a Coligação não pode confundir as «linhas» com as bandeiras da Esquerda. Vermelhas, claro. Onde a coerência é de todo dispicienda.
Sim, é boa a ideia do périplo pelo País. A denúncia das manigâncias tramadas na AR à macrocéfala distância do povo.
Costa cheira a cadáver adiado. Herdou umas massas dos seus antecessores e pedirá outro tanto emprestado para distribuir pão e circo. Está entaipado entre duas alternativas: conduzir-nos ao segundo resgate ou ser vexado pelo PCP na discussão do Orçamento de 2017. Se não antes. Em qualquer caso, o gládio político há-de ser inclemente.
E, sobretudo, Costa, quer em vulgar entrevista, quer debatendo com os seus opositores, desmancha-se facilmente numa expressão de tripa entupida que só se alivia em comícios saltaricados, carregados de demagogia e calúnias. A sua fragilidade resulta da sua desonestidade.
Por isso, Passos e Portas, o caminho é o da Oposição. Em linguagem acessível e voltada para o exterior. Há um capital de 38% dos eleitores seguramente rentabilizável. Perguntem aos abstencionistas... De modo à recuperação da nossa economia prosseguir dentro de um ano.