Por aí...
João-Afonso Machado, 26.12.19
Nesta altura, contaram-me, deu-se o naufrágio ante o espanto de todos. Mas depois perceberam-se as razões do desastre: as águas, quando muito paradas, não há velas que nos valham, é fatalmente a podridão do casco.
Mais a mais, o moliceiro ia cheio de gente no lugar do moliço; a multidão corroi sempre as entranhas da vida e a faina, a não ser feita por um só, não comporta mais do que uma ajuda a bordo dos nossos dias.