"Palavra dada - palavra honrada"
João-Afonso Machado, 12.11.15
Consumada a "habilidade" de António Costa, fica para a História o nada político no horizonte e um «cenário macroeconómico» absolutamente vazio (esvaziado...), conforme bem resulta da entrevista de Mário Centeno, ontem na RTP3.
Um nada político no horizonte pela razão chã de os acordos com o PCP e o BE se resumirem a uma união de votos contra o programa do Governo de Passos & Portas, mais os conhecidos pós para, em troca, aumentar a despesa e reduzir a receita públicas. Um «cenário macroeconómico» absolutamente vazio (esvaziado...) porque o celebrado estudo de Centeno se alicerça numa hipotética confiança (dos investidores e dos cidadão em geral) que Costa destruiu no seu trepar ao galarim.
Revelou-se um tiranete. Amoral. Ouviu de tudo nos debates, e - sobretudo - a excelente intervenção final de Luis Montenegro onde, parágrafo sim, parágrafo não, lhe chamou aldrabão. Nem pestanejou - ou envergonhado ou 1º Ministro, optara já pelo cargo.
E assim «voltada a página» do assalto ao poder, esperemos Cavaco Silva seja breve a confirmá-lo. Porque a discussão do Orçamento de Estado para 2016 se afigura interessantissima e duvidosa a sua aprovação. Urge lavar a televisão dos debates políticos a que não resistimos ouvir, com o inerente prejuízo para os livros e os bons westerns do serão, e não haverá meio mais rápido de nos vermos definitivamente livres de Costa. Com a CGTP a vaiá-lo também.