Os famosos quatro cavaleiros
Muitos se lembram da História as longas, arrastadas, lágrimas soltas do cimo daqueles paredões brancos por fora, tenebrosos por dentro. Lágrimas penduradas nos ferros das grades, humidade eterna... E das imensas páginas das vestes freiráticas, eficazes paraquedas aterrando nos fenos dos carros de bois cúmplices e velozes em fuga nas margens do rio.
O resto foi o destino de cada uma aventureira. Tudo assaz variante, como sucede sempre, se a espoleta são amores contrariados e logo se enclavinam vontades em guerra. Ou ainda: no caos, em derrocada total, oxalá os varais afiados dos carros de bois não viessem acrescer a tragédia.
Em suma, quando os sentimentos esganam as palavras e as palavras chicoteiam os sentimentos. Na iminência incontornável do pânico. Ou desse surdo pesar que, em qualquer noite de desespero, clamava por archotes e farta forragem, a apaziguar os pontiagudos varais, com freirinhas inconformadas, revoltas, disparando-se pelas janelas para as estrelas do seu íntimo. As grades dos conventos são isso: a asfixia, a impiedade, as saudades, a ausência, - o apocalipse da alma.