De Chaves a Faro (EN2) - VI
Já de Castelo de Vide, ao longe, no cimo da serra, se avista Marvão, a "Sintra" do Alentejo. Seria obrigatória uma visita demorada, depois de passada a muralha, de lupa atenta a miríades de pormenores e grandiosidades de primeira água. Mas o cansaço era enorme e reduzida foi a volta, sem mesmo sairmos do carro. Haverá outros dias para fazer, um a um, tantos becos, tantos largos, tanta história. Anoitecera já, quando chegámos ao vizinho lugar da pernoita, a Escusa. O frio incutia respeito.
E, de manhã, o passeio de reconhecimento por mais uma pacata aldeia alentejana, este muito de gaiolas de canários. Terra de santo sossego e um lindíssimo fontenário, mas desprovida de cafés abertos. Sem, sequer, um copo de leite cá dentro, demandámos outras paragens.
Percorremos o túnel arbóreo da Portagem, retrato vivo das estradas de antigamente. O próximo destino - sempre de fugida - seria Portalegre, capital de distrito e cidade monumental.
O castelo... A Sé... Mais a promessa de retorno de dois viajantes que já iam demasiadamente embalados... - para o fim da viagem.
Mas agora era ainda apenas o fim do desvio à EN2. Chegara a hora do almoço, e a fome sobrepunha-se à vontade de vasculhar as belezas de Portalegre.
Assim - novamente na estrada.