Coreografia
Sempre em volta do mote - simplicidade, o mundo avantaja-se nas estreitas ruas dos nossos olhos e ouvidos. Vai cada um pelo seu pé no vagar que mais lhe convenha. Num ponto final, decididamente inofensivo, à propriedade privada, por quantos sons e tons quem queira não consiga a sua reclusão.
Não é política, são pernas afeitas a andar; não são hectares, é uma máquina fotográfica; não se trata de lamentos mas dum instante da caneta. E de uma navalha afiada, um corte só: há arbustos de ramagens vermelhas sanguíneas, belas chibatinhas, junto ao lago do parque - assim como quem colhe uma flor ou descobre um adereço para a sua história nova.