"Ausência"
João-Afonso Machado, 20.05.20
Um dia se soube de madrugada
o granito era finito,
mesmo a rocha era nada.
Mesmo as cores,
um primeiro sinal, olhos enganadores
do verde musguento nos penedos, acastanhado,
vai-te dama posta na cama, animal em cio,
barulhento, ensujado.
Porque isso e tudo o mais são arredores!
O mundo é o azul do céu sem fim.
Só! – calado nicho de amores, Mãe, em pó do mantéu aberto em mim
súbito devoto assim.