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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Assoando

João-Afonso Machado, 03.03.16

J:\FOTOS\PORTUGAL - LISBOA E PORTO\LISBOA\MANIF 12

Falemos de João Soares. Façamos-lhe essa caridade. Mas não esquecendo o determinismo do velho Lombroso dos recuados tempos da Faculdade: como as propensões do indivíduo se patenteiam na sua fisionomia.

Tendo bem presente as bochechas e a barbela, a voz côncava e o olhar torcido e vingativo de menino mimado, do eterno aluno do colégio particular. Acomodado tanto quanto revolucionário.

Do «social-democrata de sempre», em entrevista recente, ao «não me passes a mão pelo pêlo» com que o indomesticável Garcia Pereira repeliu, certa vez, uma sua aproximação ao vanguardismo dos maoístas. Da sua inconsistente e tonta, ora posta de lado, recusa de gravatas.

Da sua incontrolável necessidade de falar de si, da sua anedótica coerência pessoal e política, do agnosticismo e do avental maçónico. Dos honrados combates perdidos, as boas causas por que dá uma expressão balofa afinal - e finalmente - de ministro.

De um discurso a simular o apaziguador e solidário e uma atitude fracturante e maniqueísta. Amigalhaça. Do triunfo da incompetência alcandorada ao Poder, talvez prémio, talvez barbitúrico.

É quanto basta para uma caricatura, na verdade retrato fiel, - nem sequer caricatura... - da República portuguesa.