A ponte do fim do Tempo
O Julho tórrido trazia uma corrente lenta mas andante e um burro na margem a pastar, absolutamente incompatibilizado com os canideos. Deu um fim de tarde de algumas bogas, passeio à parte, andar por terras de Bragança é sempre o que é. Isto no rio Igrejas, Gimonde.
Janeiro de 2017. Temperaturas recorde de frio - oito graus negativos. Não há notícia de mortes nem de vítimas de hipotermia. Simplesmente, o Igrejas congelou, são imagens da televisão: o rio não anda, quedou-se, a sua travessia sai-se como um carreiro entre o tojo.
A ponte românica e os seus pilares são agora faraónicos. Porque também o Tempo (vendo bem), como as águas, parou. Cronos embatucou finalmente, quase uma vulgar carripana ante a passagem-de-nível de cancelas fechadas!
Vitória!!!
(Ainda que impossibilitado de fotografar o Igrejas solidificado e Cronos à espera do comboio...)