Machado, Fm
O single, insignificante, com a chancela do Zip-Zip, apareceu um dia em casa de uns tios, de Manuel Freire nada sabiamos, mais um cançonetista talvez. Mas, em desespero de causa... A Pedra Filosofal, o que será isso?..., olha, põe lá no gira-discos, deve ser uma porcaria.
Estava-se em 1973. Não cedo de mais para que a atenção se nos prendesse logo aos primeiros versos de Gedeão, buscando os contornos do sonho entre a força das suas palavras. Numa cadência sempre mais acelerada, passarola voadora, locomotiva, foguetão, e depois naquela final contemplação - eles não sabem nem sonham que o sonho comanda a vida, que sempre que o homem sonha o mundo pula e avança, como bola colorida entre as mãos de uma criança...
Onde existe o sonho, a multidão estará sempre arredada...