Do sempre
Enfim descobri algum benefício das horas macabras da Matemática, depois das trivialidades da Aritmétca, em que somar, subtrair, multiplicar e dividir sempre dão algum jeito. Foi nessa teorização das semi-rectas, quase um lumeiro de vida, a gente sabe de onde e quando parte, somente não sabe o local da chegada. Entre a exactidão e a meta, percebe-se resistir a esperança, muito acima da descontracção. Porque os anos nos fizerarm - descontraidamente - alvoroçar por certezas. Ao menos um ponto de partida, mais a fé na chegada. A corolar o segmento.
Abriram-se portas, tantas vezes depois fechadas. Frouxo andamento das linhas sem curvas. Décadas assim. Até à crença no ponto de continuidade, o rasto indelével para o de um fim que não acreditamos o seja. A Metafisica tinha acabado de vincar os seus parâmetros.
E assim, entre o indiscutivel e a hipótese, se firmou essa palavra traiçoeira - duas sílabas carregadas de desventura, de felicidade, porventura: sempre!
Amen!