A "agenda" deles
Contra o habitual, assisti hoje a um pouco de campanha eleitoral no noticiário televisivo. E não tardou me chegasse à memória o "Os deuses devem estar loucos", e aquela lata de coca-cola caída do céu na tola de um pigmeu.
Assim Pedro Silva Pereira - está gordo, governar faz subir o colesterol... - desabou em cima de Alijó. Entre o vernáculo de alguns indígenas e, já no palco, o auge da demagogia, o apelo à derrota nas urnas - da "agenda da Direita"!
Silva Pereira - e, como ele, tantos, obviamente - terá pinchado dos bancos da Faculdade para um gabinete qualquer. De Vila Real, onde é cabeça de lista pelo PS, há-de guardar uma vaga recordação do Circuito e meia dúzia de dossiers decorados a correr, para não fazer completa má figura. Mas tanto não chega para se dar a entender a quem, seguramente, não sabe, nem quer saber, o que são "agendas políticas".
Os comícios resultam nisso mesmo: em expressões ocas, grupos arregimentados, um vitelo a assar e um cançonetista lamechas a cançonetar. Mais as enteadas das "Mães de Bragança", em cuecas, saracoteando-se atrás dele. E chega-lhe com força no acordeão e nos bombos!
O efeito destas bizarrias é para ser produzido nos ecrans. Lá, sim, a imagem do entusiasmo popular ainda conseguirá enganar alguns incautos. No mais... antes as arruadas e as inevitáveis beijocas lambuzadas das velhotas.
Num caso e noutro, porém, o povo não se dá conta de que está a ser utilizado. E de que maneira está!!!