"Praceta do medo, s/nº"
João-Afonso Machado, 12.10.20
Porque em ti, praceta, os olhos circundam
tão em medo bancos quietos onde os idosos
(porquê?!)
se afastam temerosos?
Serão janelas ou fantasmas, praceta?,
em teu redor há segredo nelas,
nessas covas em que pasmas na sala
a tarde inteira, praceta, jurando sovas
e um terror de bengala.
Porque não colhes, praceta, uma flor?
E te deixas adormecer…
Dorme, dorme, praceta,
esquece a ampulheta,
os passantes querem viver.