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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Ao longe, o beijo dos meus Pais

João-Afonso Machado, 05.10.19

A história tem lágrimas que o filho contem, é o seu mal, porque as lágrimas são, acima de tudo, a altura própria. Apanhadas em flagrante delito, a sua imagem um som insonoro, sobretudo a imagem somos nós, ao modo de cada um.

Supondo as lágrimas da comoção surgirem, essa é a caneta do papel connosco, uma vaga de sentimentos ditos por cada um,  a mais íntima falta de português falado e escrito. Um gemido.

Só para dizer: sei de um encontro hoje. O Pai pediu namoro à Mãe, como se o Tempo andasse a brincar para trás e para a frente, - e a Mãe disse que sim. O mundo completa os seus círculos. Eu quase ia dizer antes de mim, mas tudo é tudo, a imensidão. O Céu! Onde a Eternidade é um beijo enorme, monumental, cheio de filhos, tantos os quantos cá de baixo. 

O Tempo não mente: os dias são esses filhos; o além-tempo também. A felicidade será agora e depois.

Assim, sumariamente, articulei contra Dionísio. Ele queria vinho e uma bicharada mitológica e ganhadora; eu contestei e só cedi no vinho. Cronos ditará a sentença.