Locarno
Foi um primeiro pé na Suiça, dito o País mais arrumadinho do mundo. Confirma-se. A aproximação fez-se a partir de Milão e ficou-se por Locarno, no cantão de Ticino, o único de idioma predominantemente italiano.
A receber-nos, um braço estendido do Lago Maggiore. Águas sóbrias cercadas por paredões altíssimos, a cobertura branca de neve e um frio súbito a fazer-nos voltar ao carro, pelos cachecóis. As muitas embarcações não deixavam tempo para dúvidas: os suiços, ajudando o clima, também dispõem da suas estações balneares. E o lago daria pano para muitas mangas, tanta a variedade de aves a banhar-se nele, e de indígenas gozando aquele momentâneo bocado de sol.
A cidade vive do seu comércio. Sobretudo dos seus hoteis e restaurantes. Mas há mais: roupa, calçado... e saldos. Preço de um par de sapatos a 50% menos - 350 euros. Não é para nós.
E há cores garridas, mas numa arquitectura equilibrada, receptiva, a cheirar bem. Sem barulho pelo meio. Tradicional sem ser antiga. Dir-se-ia, a despejar mais umas pazadas de riqueza naqueles bolsos já prenhes.
Locarno tem a sua zona mais antiga, as suas ruínas de uma fortaleza, uma torre. Passámos ao lado. Justamente para o solitário edifício onde se sediava a entidade exploradora de um funicular que, tudo indica, conheceu dias de maior movimento.
E seguimos viagem, depois de uma pizza num restaurante cujo dono era casado com uma portuguesa de Lamego...