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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Alenquer

João-Afonso Machado, 04.02.19

A estampa perpétua só ocasionalmente lá está - é a do presépio na encosta da vila, luzindo à noite, um marco de proximidade a Lisboa, nas antigas longas viagens pela EN1. Com Alenquer a manter-se  imerecidamente um simples lugar de passagem apenas.

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Indo com tempo, um dia, estranhei as multiplas alusões ao rio, não exactamente um Nilo ou um Amazonas. Barrento, acelerando em alguma correnteza. O tempo era chuvoso e, conversando com um ou outro alenquerence, percebi então a memória ainda vivissima das terríveis cheias de 1967, e de como elas dizimaram a baixa da vila e as suas gentes, nesse turbilhão de águas sem mais iguais.

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Alenquer, que já teve dinossauros, neolíticos, romanos e sarracenos, e foi reconquistada por D. Afonso Henriques, é natural resguarde as relíquias do castelo de outrora e de outros dignos monumentos, como, logo - literalmente - à cabeça, o convento de S. Francisco.IMG_0079.JPG

E de cima ao fundo, do fundo a cima, uma curiosa sucessão de templos religiosos, a judiaria e uma teia de ruinhas e escadinhas, tudo o que a noite de antigamente não deixava conhecer, tal a presença do presépio.

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Ali nasceu e acabou os seus dias Damião de Goes. E outras figuras de referência. Alenquer é um concelho recente, não obstante. O edifício da sua Câmara Municipal uma réplica do congénere lisboeta. Enfim, é grande a colecção de historietas que, com vagar, nestas bandas se podem saborear.