Canterbury
Lamentavelmente, a grande catedral inglesa - a sede do anglicanismo - está em obras, e as imagens daí resultantes são as de um freguês do barbeiro sentado na cadeira a desfazer a barba. Mesmo porque no ar corre um certo cheiro a pescoços cortados, ou enforcados, naquela era conturbada do rei das sete mulheres.
Mas o templo é grandioso. Como no seu interior muitos dos túmulos, decerto de gente importante, que o Tempo nem esquece nem deixa identificar. O sereno semblante dos mesmos poderá indicar que estão na paz do Senhor. No mínimo, depende do ponto de vista.
A cidade é pequena mas tem muita animação, muita gente. Uma parcela considerável constituída por estudantes. São bastantes as mini-praças, a abarrotar de movimento, bordadas a casinhas de bonecas.
E há comércio para todos os gostos. Livrarias, antiguidades, outras coisas mais - e mais do agrado das senhoras.
Para os cavalheiros, lautas doses de jeropiga - da jeropiga britânica - vertida, entardecendo, nos famosos pubs. Como, nesta altura do ano, anoitece às quatro...
Canterbury, há muito extravasou os muros medievais. Destes restam excertos, mais ou menos extensos, dos quais o mais famoso será a West Gate.
Aliás, dessa porta para além a cidade é outra. Nota-se na construção, no recrudescimento do trânsito automóvel, na dispersão das pessoas. Mas isso serão outras histórias.