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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Percalços do mundo vegetal

João-Afonso Machado, 29.11.18

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É a avenida em Famalicão que, pelos seus sucessivos nomes, mais reflecte a evolução política portuguesa no século XX – o século das três repúblicas por nós sofridas. Tal não significa, porém, não seja uma extensa e bela, sossegada artéria, para cuja hospitalidade muito contribuem os plátanos do seu separador central. A ver com isto tudo, decerto, a circunstância de a maioria dos famalicenses a tratar com familiaridade somente por a Avenida. E o alívio estival da frondosidade das suas árvores, a não deixar o braseiro do inferno caia sobre o seu pavimento, sobre os transeuntes (quiçá, quantos deles regressando de uma confissão sinceríssima e eficaz, que os livra da penas eternas…). Não, os plátanos da Avenida são colegialmente protectores da nossa alma e do nosso corpo, da nossa sensibilidade e da nossa saúde.

Ora, sucede, precisamente, um deles adoeceu.

Foi aquele da ponta nascente, o primeiro, entre a Iris e a antiga Eléctrica. Tossiu, gemeu, talvez tenha cambaleado; não parecia muito firme nas pernas. Havia que trata-lo, e depressa. O alarme foi dado.

E a polícia fechou, então, a zona ao trânsito automóvel, enquanto os bombeiros traziam a Magyrus. Fui dar com não sei quantos heróis pendurados no plátano, de motosserra em punho, em mil e uma acrobacias de lenhadores que se avistavam desde a Rotunda do Bernardino.

Aproximei-me. Quis saber novidades. Estavam lá os técnicos da Câmara e a Sra. Eng.ª explicou tudo direitinho.

À velha árvore tinham sido detectadas algumas «patologias». Urgia  intervir, medicá-la, em nome do futuro, Logo, não abatê-la. O plátano, portentoso, ali a um passo uma caidela destruidora da Iris ou da Eléctrica, valia ainda uma derradeira oportunidade. E dois ou três equilibristas, pulando nos seus ramos, cortavam-lhe os calos, aparavam-lhe as unhas e o cabelo, engessavam-lhe os membros, enfim, tratavam-lhe as mazelas.

Tudo isto sob o olhar zeloso dos médicos – da equipa de técnicos destacada para o efeito. A Sra. Eng.ª ia narrando a cirurgia passo a passo. Convenhamos: a Autarquia agia responsavelmente – conforme estas lides se devem processar, não sendo de esperar o contrário de gente conhecedora do seu ofício.

Acrescentarei, a seu tempo se entenderá melhor o porquê deste meu apontamento sobre um episódio incomum, mas de forma alguma espantoso no quotidiano da cidade.

Para já - então – limitei-me a colher informações e a tirar algumas fotografias para ilustrar o meu blog.

Mas voltei no dia seguinte, a visitar o plátano doente e a inquirir do resultado da operação. A árvore anciã estava melhor, respirava outra confiança. Na verdade, era já só ela e o respectivo esqueleto. Com os braços no ar, a querer exibir a sua musculatura, ainda poderosa. Uns meses mais e virá um pouco de corpo e revestimento. Em suma – nas mãos de quem sabe, teremos ali plátano para mais umas gerações de nós próprios. A Avenida não será espoliada nem empobrecida.

 

(Da rúbrica De Torna Viagem, in Cidade Hoje de 29.NOV.2018)

 

 

 

O carreirinho dos sonhos

João-Afonso Machado, 27.11.18

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O Parque, de camisolão e garruço a tapar-lhe as orelhas, inicia agora os seus serviços de inverno. À data primando muito em ventania e chuva. Com o Pelhe a dar-se ares de rápidos assassinos, castanho como a ferrugem, empurrando o lago para lá das margens.

Por todas as bandas, esquimós. Alguns transportando criancinhas em trenós.

O arvoredo de folha não monotonamente perene pinta as suas últimas cores antes da hibernação. Surgem aves novas, este ano ainda não os corvos-marinhos, mas já as garças brancas. E esquivas. Apanhá-las no retrato é o cabo dos trabalhos, são ordens, o Parque insiste sempre na volta da freguesia. Os patos-reais, aos bandos, navegam as águas tranquilas do lago e, suspeita-se, os juncos das bordas estão pejados de galeirões e frangas aquáticas.

É assim o cenário. Há também a lontra, afantasmada, e sempre alguém garantindo que alguém já a viu.

E este cenário se-lo-à até ao regresso dos serezinos e depois das rãs e das cobras e dos rebentos das folhas. O Parque é um barómetro. Sobretudo é o lugar dos nossos sonhos, quando o trabalho ou os apertos na carteira nos impedem partamos estrada fora. Então, nada custa entrarmos Parque dentro e elevarmos o espírito aos paúis que por aí se contam, ou até ao Círculo Polar Árctico, entre lapões e focas e cães estafados da correria.

 

 

Por aí...

João-Afonso Machado, 25.11.18

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Todo o dia o bote andou cá e lá com gente de lá e de cá. Seria do motor, seria do desinteresse das águas, de quem o peixe há muito se divorciou (o que são águas sem peixe, triste sudário?!), o barqueiro não parecia cansado. Assim à distância, a hipnose provinha daquele movimento pendular. Por isso o despertar foi tardio, já o sol tinha ido para casa dele.

 

 

Vencedores de Cronos

João-Afonso Machado, 23.11.18

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Diz o livro, a civilização egípcia surgiu nos últimos tempos da Pré-História. Pasmoso, imaginar esse momento da passagem de testemunho. Ou até da coabitação da História com a Pré-História... - Onde vais? - Estou de viagem, vou ali à Pré-História comprar carne.

E deixando em casa, bem escondido, o segredo da escrita hieroglífica, o egípcio partia, África fora, se calhar regressando com um belo presente para a mulher, uma pele de leopardo caçado na Núbia.

As fronteiras seriam o acaso do encontro com algum grupo superior em número ou mais aguerrido. Que não fosse às compras, simplesmente andasse a sobreviver. A discussão entre ambos degeneraria sempre em mortes e escravatura, ou antropofagia por parte dos pré-históricos vencedores. O egípcio assim já não tornaria à História, acabava os seus dias na Pré-História, longe dos seus.

Foi, decerto, para evitar tais inconvenientes que os faraós inventaram a sua própria eternidade. Três milénios, trinta dinastias, é muito coisa. Proeza maior - a fé nos alimentos deixados à porta das suas necrópoles, como capazes de ainda hoje os sustentar. Os escribas estavam lá para contar o prodigio ao povo, o Tempo tinha parado, e centenas e centenas de gerações de egípcios nem se aperceberam a História havia, entretanto, conquistado o mundo. Somente os faraós sucediam-se uns aos outros, talvez para descanso de alguns e exercício escolar dos restantes.

Sapientíssima, a civilização egípcia. Como nenhuma outra conseguiu ser - capaz de fazer da alma a luz, dos corpos a pedra, das areias as imorredoiras pirâmides. Do vento, o mensageiro de si mesma.

 

 

 

O estranho mundo de Campanhã

João-Afonso Machado, 20.11.18

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Como se estivessemos a milhares de quilómetros da foz do rio, saíamos do comboio, em madrugadas negras, esparvoados, sonâmbulos, quase sem rumo na vida. Defronte à estação, algumas hospedarias e os nossos bolsos vazios, a vontade a chorar por uma cama com visões de palácios. E de carruagens puxadas a quatro cavalos, havia quem simplesmente lhes chamasse táxis, como o trajecto para um descanso já quase ali. Mas o destino apenas nos dava a enorme força para escalar a Rua do Heroísmo e depois Rodrigues de Freitas, a Batalha...; ou então Pinto Bessa, a Constituição (não lembro agora por que artéria), tudo em busca da Boavista, onde finalmente o sol nascia e acordava a cidade.

Era assim, magalas, estudantes e demais pobretanas.

Hoje não seria. (Vd. metro.) Resta a saudade dessas camas onde nunca dormi e dos pequenos-almoços a que, provavelmente, não teria direito.

No mais, Campanhã mantém-se igual. Um cadáver industrial, um armazenista mumificado. Mas povoada de famílias, contra o senso comum. Como é natural, a abarrotar de tascas e estabelecimentos daí para o fundo. Entre outros viras, há fados. E porrada, claro. Diz-se, no Porto, se for preciso contratar alguém para um ajuste de contas, é em Campanhã. A oferta topa-se amiúde, ornada de tatuagens e olhares desafiadores. Vamos de beco em beco.

Florescem aí, entrementes, galerias de arte. (Elas também procuram os lugares mais baratos.) Não é promiscuidade, é um fundo da cidade a levantar a cabeça, entre a rufiagem e a cultura. Campanhã abre as portas. Lembro uns clientes meus, do tempo em que advogava no Porto - quando os visitava... fábrica sem vistas, sítio pardo, sem ecos, ruas anónimas, gente nas trincheiras. Agora já não tanto.

Ainda assim, numa visita recente a uma exposição de fotografia, logo abaixo o estabelecimento com uma guitarra portuguesa desenhada na vidraça. E à porta, ia jurar, de cigarrette na boca, a Lulu Carabina. Ou a sua prima portuguesa mais próxima. Campanhã, em suma, tem ginástica, sobretudo a do can-can.

 

 

Eu, carteiro

João-Afonso Machado, 17.11.18

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No fundo, descobri agora, a minha vocação sempre foi a de carteiro. A entregar cartas, de morada em morada, antigamente fardado de cinzento... Hoje não: um calção de lycra e uma t-shirt com dizeres nas costas - CTT-Famalicão. Tudo a valer o bónus da eficácia, a incorporação na equipa (CTT-Famalicão) que, aos domingos, participa nas provas BTT, com direito a folgar, em caso de sucesso, às segundas-feiras seguintes. E o boné, com a pala para trás.

Como quer que seja, o meu quotidiano assim seria: uma bicicleta, com algumas dezenas de mudanças, e a velha sacola, no cabedal de outrora, cheia de cartas, mais a mochila às costas. Conforme os meus antecessores, aí ia eu, pelos caminhos rurais, de quintarola em quintarola. Em cada uma, a paragem, as mãos em concha de volta da boca, o grito a  plenos pulmões:

- Correio!!!

Ladram os cães, cacarejam as galinhas, apavoradas. Na mudez da casa, com a minha insistência

- Correio!!!

já os melros tinham fugido para distâncias inalcançáveis. No continuar do silêncio das gentes, eu tirava da mochila a velha corneta amarelada de cobre e buzinava

- Bééééé...

até que, finalmente, uma voz de dentro exclamava

- Vai já!!!

e sobrevinha o meu descanso. Entregava a correspondência, solicitava a assinatura dos devidos registos (nesses anos modernos, pela cabeça das pessoas nem passava a ideia de ir à repartição levantar cartas...) e os domiciliários punham no meu profissionalismo os seus portes. Fosse, ou não, sob registo, eu voltava à mochila, rapava do frasco de cola e, com o pincel, em qualquer parapeito, afixava o sêlo (lindo, figurando colecções de animais ou de fardas militares, como os das antigas Colónias ultramarinas). Cobrava-me, após os papeis preenchidos. E seguia à minha vida.

Seguia, caminho fora (conhecia de cor todas as senhoras a quem repugnava o meu cheiro a suor), e, com tantas mudanças do velocípede, até trepava paredes. Somava quilómetros, atravessava edifícios cegos - moradas de antigamente, ora em ruínas, ora com cartazes de "à venda". Então benzia-me e invocava os antigos proprietários, gente da minha memória. A existência é uma peregrinação. O Céu é o destino. O Purgatório, hoje em dia, a espera nos postos CTT. 

Coisa rara, desaprendi andar de bicicleta entretanto...

 

 

"Os meus novos «Contos à Esquina»"

João-Afonso Machado, 15.11.18

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Entre muitas outras, houve em Famalicão, a rainha delas todas, a inolvidável Esquina. Era onde os cavalheiros da terra – então uma terra vagarosa, prazenteira, cheirando quase sempre a rojão – se encontravam e punham a conversa em dia. Nas cercanias do falecido Hotel Garantia e da antiga CGD, nessa Famalicão descontraída, sem relógio de pulso e indiferente a ruas e passeios, automóveis e peonagem. De modo que, não raro, as novidades iam já a meio da Adriano Pinto Basto (aliás, ainda macadamizada),  quando o sinaleiro – gordo, cinzento, farda de fanfarra – dava duas apitadelas e os nossos gentlemen volviam à realidade – lá longe, na direcção deles, avistava-se uma carripana qualquer.

Era essa Esquina que eu tinha em mente quando escrevi estes meus últimos contos. Em boa verdade, uma leitura que não atrasará a hora do almoço lá em casa. E sobre temas corriqueiros, como tantos de que nos apercebemos subindo as escadas do trabalho ou descendo os becos da memória, quando não assistindo às mais alvares demonstrações da estupidez on line.

São insignificâncias dessas que nos dão o mote. Nos tribunais, por exemplo, nem tudo é a aridez dos negócios. O sobretudo é a vida das pessoas. Estão lá muito os muitíssimos dramas que perpassam a vida de cada um. Não refiro – note-se – o que a Justiça claudica sob o jugo da iniquidade. Presenciei, apenas, uma mão grandemente cheia de esfarelados dias dos criminosos e das suas famílias. De seres humanos. E esse será um lado plausível da narrativa.

Tal qual a bestialidade de tantos e tantos, despojados de ideias e de ideais, de conceitos, princípios, crenças, motivações. Somente palradores. Defendendo-se deles próprios a tentar convencer o mundo de que navegam águas filosóficas, de uma inalcançável profundidade… Ao menos cimentassem dois tijolos, um sobre o outro… A Esquina é, sempre foi, um lugar pragmático, rigidamente seco e mordaz, aberto à saudável inovação, mas deserto implacável para a tolice desses quantos.

Por fim, o episódio de um reencontro trinta anos após. Com o alfaiate que servia o meu Pai, entretanto vergado às décadas, mas ainda capaz de costurar as calças do filho. Grato, emocionado, com a maior amizade e carinho. No derradeiro momento, uns meses antes da sua partida para o Além. No trajecto que todos havemos de seguir e o meu Pai também já rumou…

O Tempo é de Deus. Do Tempo sabe Ele. Da memória, que é o Tempo cá em baixo, sabemos nós. Aqueles que lutam contra o esquecimento, dito é, contra o inferno. A Humanidade tudo poderá, menos obstar aos ponteiros do relógio. Este é, quixotescamente, nos meus contos, o meu combate – de caneta em riste em prol da memória.

E os ditos Contos à Esquina sairão breve. Apresentá-los-ei cá. Eu teria o maior gosto em vê-los apreciados pelos meus conterrâneos famalicenses.

 

(Da rúbrica De Torna Viagem, in Cidade Hoje de 15.NOV.2018)

 

 

 

Chegou...

João-Afonso Machado, 14.11.18

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Agora mesmo, o "recoveiro" trouxe uma carga deles - de contos - mandada pelo Editor. Para a apresentação, decerto ainda este mês, em Famalicão e, eventualmente, no Porto. Mais longe, não sei, doem-me muito -  muito outonalmente - as costas.

De modo que um meio expedicto de obter o livro é, também, através do correio. (Dos meios de distribuição utilizados, nada sei.) E, no tocante ao correio, por sms, mail ou mensagem fechada no velho FB, cá estou para mais esclarecimentos.

 

 

Gizando no molhado

João-Afonso Machado, 12.11.18

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Toda a tarde os pingos se ouviram e, em tardes de chuva assim, domingueiras, lentas, de sentinela ao fogo da lareira, o tempo vagueia no gizar de planos. Sem alternativas. Longos planos das mais diversas proveniências, ora vindo dos rigores cerebrais, ora pulando irreflectidamente dos enredos do coração. Mas são estes os que melhor aplacam a melancolia destas horas que ouvimos, molhadas, chorar lá fora.

E sim, é a gizar planos de pormenor, com giz branco sobre a escuridão dos vidros das janelas, feitos lousas lavadas, escorregadias. O giz a voltar atrás, a querer fixar o plano, o giz a patinar na negrura do quadro, como antigamente nas manhãs escolares. Mas persistente, o malandro do giz, sempre a gizar, indo longe até encontrar eu sei bem quem, só não sei como.

- E quando? - perguntei-lhe. O giz sacudiu-se do seu pó branco, esfalfado, já só um toquinho depois de tanta gizadela, e mandou-me pegar na caneta (naquela tal, não em outra) - e que compusesse, não planeasse mais. Que lhe escrevesse a dizer, mais dia, menos dia vou aí buscar-te. Entretanto, somente caldos de galinha, queria ele dizer, dolentes movimentos da caneta (sempre a mesma), e alguma asneirita pelo meio, uns rabiscos fulgurantes, atrevidos como uma piscadela de olho.

Nisto ficámos, sendo quase horas de jantar, com a noite sempre a pingar, a pingar água e ideias brilhantes ou tolas, alguma vez se verá.

 

Correio do Minho

João-Afonso Machado, 10.11.18

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Meu caro V.:

O que se passou foi simples: titulava eu uns daguerreótipos feitos em terras de Castelo de Paiva quando, inadvertidamente, o azul da tinta escorregou e pingou o teu apelido na dita descrição. Mas o Miguel M. deu conta da gaffe que, tão rápido quanto possível, corrigi.

Ainda assim houve algum alvoroço. Sim, porque aquela não é a nossa linha de castelanias, de cujas torres acenamos uns aos outros; e porque nem sequer estás perto, aí no hemisfério sul, de cabeça para baixo, a ensinar o indígena. Em pleno Verão! Que saudades desse tempo em que passamos a barbacã já lançando o bacinete e a espada para o bengaleiro! E o arnês prás costas do cadeirão, a restante chaparia desaparafusada ao longo da câmara - e eu descalço, em pelota, logo no alto do torreão.

As senhoras aqui do castelo dizem-me desarrumado. Hei de as fechar numa destas latas de conserva. A propósito, já no nosso passado estio te quis perguntar - onde compraste o soberbo guarda-sol azul e branco da tua torre de menagem? Aquele sob que passavas as tardes de pichel na mão... Em algum desses vesgos infieis orientais?

Desculparás, pois, a afronta. De resto, irmos agora para o fossado era uma chatice, com esta lama toda. Aguarda e, vencendo esse inóspito equador, faz soar as trompetas e combinamos uma justa entre pagens e uns tantos picheis de cidra e folgança de parentes e amigos.

Até lá, os ventos te sejam de feição e ao capitão da nau de regresso. Te envia muito saudar o teu afeiçoado vizinho de condomínio

JAM

 

 

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