Provezende
Sempre foi considerada a mais fidalga povoação duriense. Tem Matriz e tem pelourinho porque foi concelho, outro dos extintos pelo liberalismo.
É uma terra distante nessa complicada região dos nove meses de inverno e três de inferno. E talvez as vinhas já não bastem, ou a apatia dos proprietários não ajude. Mas há ruínas, manifestas algumas.
E óbvias crises existênciais, em outros casos. Entre um silêncio contagiante, sempre.
Depois tem as pequenas coisas, pequenas devoções, por exemplo. As tais que recomendam visitas prolongadas, o conversar com as gentes.
E tem, claro, a vista grandiosa sobre o mundo do Douro, tão estranho ele é, tão ao contrário do minhoto.
Assim os turistas são às dúzias, entre a Primavera e o fim das vindimas. Com as lojinhas de artesanato e souvenirs sempre a proliferar.