O mesmo lado dos lugares de Agosto
É exactamente ali, queiramos ou não, o ruído estival. Ao alcance do infinito dos segundos no ir e vir das ondas, a sujar e a limpar o areal. E a repetir os movimentos todos na perpetuidade das gerações, a uma não palpável distância das saudades.
Assim se vive cada instante. Envolto em espuma e águas pouco fiáveis. Os próximos serão os mesmos. Nietzsche - incógnito, é claro - deve ter passado por Vila do Conde e se agradado do seu clima. Ainda agora estará gozando a beatitude da esplanada do Mar à Vista.
Só nos resta aprender com ele. Eternamente retornando de bicicleta à amplidão dos lugares quietos, mas algo confusos, onde parece visionarmos o êxtase de Dioniso, muito chinfrim de tão folclorico.