Quase quatro anos
O Tempo agora é um instante. Chegámos quase na mesma altura, talvez em muito nos tenhamos precipitado. Mas as intenções eram as melhores, saibamos defendê-las, o Tempo, sempre imprevisível, arde em fogo lento de desencontros e reencontros, não há como aceitar a sua realidade e sobreviver. Quero dizer, indo acima do simples viver.
Assim te aventuraste a saltá-lo mesmo sem antes experimentares nadar.
Quatro anos depois voltámos a essa fogueira inicial. Num pulo imensamente maior. Voando acima das águas e do granito, chegando outra vez ao lado de lá.
Entretanto, encharcados, arranhados, chamuscados, seja como for, conseguimos. Aqui estás, tu e a tua parelha. Ainda não estamos todos, até um dia que virá. E virá - virá sim! - enquanto arder o fogo do Tempo nas águas frias ou ferventes onde calejam as mãos que são a nossa vontade.