Falando sozinho
O meu ritmo a seu dono. Prefiro a deriva controlada pela mão segura do carreiro de regresso. No mar vermelho dos pinheiros e a guia adiante, de nariz em riste a sondar os ventos. Muito senhora dos seus ´sentidos. É nesta conversa entre os dois que nunca sucederia aquele frente a frente de há bocado, cinco minutos a reter a lebre acoitada no mato, e eu atento à disciplina da formatura, desperdiçando esse maná, o que de mim não terá pensado e dito a minha guia, a minha guarda avançada?
Agora sobre a caruma dos pinheiros, já em final de manhã, a derradeira esperança nas moitas e nos molhos de lenha, no silêncio em que nos entendemos e ela, a minha guia, talvez me perdoe esta alvorada, estas horas todas, a trabalheira e o banho de chuva, tanto tiro e nada, rigorosamente nada, pendurado no cinto.