Como o flautista de Hamelin
Num conseguidíssimo sktech no programa DDT, o humorista Manuel Marques (que não é fascista), parodiando Mariana Mortágua, soltou em dado momento um monumental e muito agressivo zurro, como resposta dela a uma qualquer interpelação.
Ao contrário do que se possa pensar, os burros não são estúpidos. Antes os caracterizam a obsessiva teimosia e, quando incomodados, a sua propensão para o coice. Mariana Mortágua, politicamente, é assim mesmo. Nem podia deixar de ser, estão-lhe no sangue os assaltos a bancos para financiar a "luta popular", o esbulho/cooperativização/destruição da Torre Bela e outras traquinices do seu pai.
Mas Mariana Mortágua em si mesma não é um problema. Nem ela nem o seu já célebre imposto. O problema é a total ausência de escrúpulos de Costa, de quem sobretudo se sabe pactuará com o diabo, se necessário (quanto mais com Mariana!), para manter a sua profissão de político.
E o problema - maior ainda - reside em ser cada vez mais perceptível Costa não cairá da cadeira do Poder tão cedo. Principalmente se a gente séria que há no PS não der uma ajudinha. Portugal, a propósito, lembra o conto dos Irmãos Grimm, O Flautista de Hamelin - esse encantador de ratos com a sua flauta. Não é que nós, portugueses, sejamos ratos - mas como podemos caminhar assim encantados, hipnotizados, para o precipício onde o gaita-de-foles Costa, apoiado numa Esquerda puramente anti-Direita, nos conduz?