A outra "geringonça"
No virar dos primeiros quilómetros facilmente percebemos, os costumeiros compagnons de route têm por única e fixa ideia derrotar o que chamam o «candidato da Direita», Marcelo Rebelo de Sousa. Massacrá-lo à segunda volta.
Assim a vítima foi sucessivamente atacada por fazer da campanha um passeio, uma brincadeira; por estar em auto-promoção televisiva há anos, atrevendo-se a abusivos índices de audiência; por - a acusação é, pasme-se!, do inenarrável Sampaio da Nóvoa - defraudar a democracia gastando poucos dinheiros como os ditadores; por quantas contradições, verídicas ou inventadas vasculhadas desde a sua pia baptismal; e por muito mais, por tudo o que a prolífera imaginação da Esquerda venha ainda a trazer a terreiro.
Em suma, Beléns, Nóvoas, Edgares e Marizas continuam apostados num País a duas cores, persistem na luta de classes, e querem um Chefe de Estado interveniente nesta. Contra Portas e Passos - passados, presentes e futuros.
E Marcelo?
Marcelo se calhar não é mal-intencionado. Apostou num modelo de mensagem e talvez creia na República. Tem esse tremendo defeito. E continua realmente vagueando de mãos nos bolsos por aí, essencialmente satisfazendo o seu inocultável vício - a política. Na trip que decerto lhe dará mais pica... Mas qual dos outros terá legitimidade (agora é assim) para lhe atirar a primeira pedra?
Do que tudo se pode concluir, do que falo nada interessa à Nação portuguesa.