Ninguém é amigo de perder e Paulo Portas sê-lo-á menos ainda. O seu afastamento dos cenários políticos próximos traduz isso mesmo e o resto que o tempo dirá.
Fica por saber da sua sucessão. A dúvida está já numa formulação final: Melo ou Cristas?
A resposta é Cristas, Assunção. O CDS não pode deixar de acompanhar a sua própria fasquia eleitoral e Catarina Martins há-de ser traduzida à direita: sem o que a envolve de mitos urbanos, antes no contexto pessoal, familiar - axiológico - que nós, os pós-pós-modernos, livremente, despreconceituadamente, muito prezamos. Assim como quem não sente necessidade de esconder que é da Província...
Portanto, uma previsível liderança feminina no CDS. Uma personalidade simples, cativante, inequivocamente honesta e trabalhadora. O que tudo não deverá significar ingenuidade. Não se espera de Assunção Cristas uma actriz, no palco político ou em outro qualquer. Mas pede-se-lhe tenha sempre presente a reacção de Ricardo Araújo Pereira, no Isto é tudo muito bonito, mas, quando lhe propôs a tratasse simplesmente por Assunção e ele perseverou no "Sra. Ministra" até ao fim da entrevista. É que basta naturalidade para cativar muito mais do que a pose, colocada a três quartos e um olhar sedutor, de Catarina Martins.