Costa a "recibos verdes"
Num breve relance sobre a actualidade "pátria", ressalta o imbróglio Banif, no qual, caso não surja um investidor privado com interesse nos 60% detidos pelo Estado no seu capital, a saída viável será a criação de um "banco novo", despoluído de "activos tóxicos".
Ressalta também a nomeação de Pacheco Pereira para a Administração da Fundação de Serralves, segundo a velha máxima de que os perús são para engordar e os favores para serem pagos.
Sobre assuntos mais candentes, o ministro Vieira da Silva reconheceu a discussão do salário mínimo é essencialmente uma «batalha ideológica» em que poderão ser maléficos os seus «efeitos no mercado de trabalho». Leia-se, onde é provável vá de cangalhas a sustentabilidade de muitas empresas.
Mas... o PCP oblige.
E oblige de tal modo que Jerónimo continua a ameaçar o Executivo ao mais pequeno sinal de hesitação quanto à reposição dos salários da Função Pública, uma das suas «sagradas» reivindicações. Aguardemos pelas sempre adiadas reuniões PS-PCP-BE das terças-feiras...
Entretanto... - nada mais!
Nada mais, salvo a legalização da adopção por casais gay, a dispensa geral de exames das meninas e dos meninos da 4ª classe e o fim das provas de avaliação dos professores. Em canina obediência aos projectos de lei apresentados pelo PCP e pelo BE e (nestes referidos episódios do Ensino) sem que o Ministério da Educação - cujo Ministro todos continuamos a desconhecer - haja adiantado qualquer explicação, uma definiçãozinha sequer de orientação política.
Não fique esquecida a legislação protectiva (no foro criminal) dos idosos, de iniciativa da Direita e aprovada graças à abstenção do PS.
E, finalmente, mantém-se em aberto essa enorme preocupação nacional: como se processará, destarte, a repartição de cadeiras entre os escolhidos pela AR para o Conselho de Estado?
Mais não será preciso. Reconheçamo-lo: Costa não quer o Poder. Costa vende o Poder. Costa quer apenas garantir o seu posto de trabalho, agradar aos seus patrões da M-L&T. Costa quer, tão-só, receber o seu ordenado ao fim do mês. Porque Costa sabe-se necessariamente um "precário".