"Cinzento"
João-Afonso Machado, 20.11.15
É já o tempo das árvores despidas,
o tempo da noite
e das madrugadas incontidas.
Um tempo sem cor,
horas errando, desgovernadas,
nos ecos azuis
do calor
e nos passos em que possuis
formas regradas, instantes escassos
onde caminhas o outono sem rumo,
mas dono
das minhas palavras.