O PRAC
Quer queiramos, quer não, o convénio à esquerda vai para a frente. É o produto da ambição de Costa, sem dúvida, cada vez mais entalado entre o arauto Catarina e as arrastadas reservas de Jerónimo. Assim culminará o Processo Repugnante do Acordo de Costa (PRAC).
Culminará (repugnantemente) com a queda do Governo de Passos e Portas mais uma mão-cheia de semanas de discussão parlamentar. Os ânimos aquecerão, Costa acatará exigências inauditas, o seu Orçamento será aprovado e obviamente incumprido, ao contrário de grande parte das promessas aos parceiros marxistas-leninistas-trotskistas.
É provável se trate apenas de um acordo de incidência parlamentar: Catarina vai de considerar-se excessivamente ministeriável e a visão de médio prazo de Jerónimo desaconselha-o vivamente a compromissos mais profundos, os sindicatos são dele e o eleitorado do BE sê-lo-á também.
Tanto Marcelo como Maria de Belém não quererão iniciar o seu mandato imiscuindo-se nesta loucura santano-lopista de esquerda. O tempo ainda correrá, esperemos que não até ao segundo resgate. Mas Costa cairá enfim, sem completar a legislatura, vítima das mordeduras de todas as najas que lhe serpenteiam o espírito. Acreditemos, o Congresso do PS haja entretanto preparado a receita de um partido honesto e disponível.
No mais... Tudo vale a pena se já a memória popular não for pequena!