"À minha Avó"
João-Afonso Machado, 01.11.15
São cinzas, precipício exangue
sem fim início e memória
do nosso sangue.
São glória, são lágrimas depositadas
por outras lágrimas também passadas
nos tempos sobrepostos, camadas vividas
de alegrias esquecidas, dobrar dos sinos
calando desgostos em braços divinos.
Mas em cada tarde de eu mesmo,
passo ao jazigo e vejo e digo só,
abraço, – beijo meu,
querida Avó!