Aux Champs Élysées
João-Afonso Machado, 24.09.15
A multidão, a 12 de Março de 2011, desceu a avenida-símbolo disposta a atirar abaixo o Governo. Contra a prepotência sentida à esquerda e à direita, numa movimentação histórica muito aux Champs Élysées. Onde, uns meses volvidos, o augusto José Sócrates cantava deliciado Joe Dassin - «il y a tout ce que vous voullez aux Champs Élysées» - connosco a sustentá-lo.
Mas foi na lisboeta Avenida da Liberdade, com o maitre António Costa a assobiar para o lado, na descontraída atitude de quem acredita o tempo passa, os males esquecem e a herança chega.