No quente das pedras
Torno lá depois da escassez do tempo em que voaram as tardes ensolaradas e os serões à mesa. Foi tudo mais rápido do que a prontidão de um tiro. E por isso não houve cores nem o cheiro da distância, esse caminho único dos reencontros.
O sítio estava lá e o mundo dirá se assim continuará. Lá. Onde não nos sentámos nem confrontámos o que somos cientes. No intervalo entre a partida na alvorada e o remanso do poente ou o coruscar dos pirilampos - no intervalo chamado um-dia-na-vida, depois do monte e dos cães atrás das codornizes, sob a forma macia das pedras sem idade.
Alapados em frente ao vinho e ao queijo, ao pão e às azeitonas. Mediterranicamente. Juro que torno lá.