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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Maias

João-Afonso Machado, 02.05.15

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Ingresso em Maio, a 2, na mais santa escuridão de notícias. É o lado sobretudo atraente das vilas do Interior, carregadas de Passado, esquecidas do Presente, duvidando do Futuro. Mas sempre numa estranha forma de acreditar, menos nas pessoas, talvez, do que nos preceitos. E, ainda assim, numa espantosa demonstração de hospitalidade e entrega, passe que passe. - É para afastar a fome! - aprestou-se a idosa a explicar, ao ver o grupo especado ante os ramalhetes de giestas em todas as portas.

A fome, as dores, o "burro", a ruindade... -  em suma, o Mal. Conforme a tradição que parece remontar aos nossos antepassados celtas e celebra o advento da Primavera e do amornar do tempo. São as maias. Por Portugal adentro.

O folclore é um recreio, a fé um modo de vida. E as giestas do primeiro dia de Maio, as maias, serão o que quiserem. A sorte é dos que crêem elas afastarem a fome, as dores, o "burro" e a ruindade. Há ruelas infinitamente mais sábias do que qualquer grande avenida...