Critérios, interesses, pessoas
Em número de 44, a Comunicação Social invocou as mais famosas personalidades que nos deixaram este ano. Contas feitas por alto, 25 pertenciam à esfera da Sétima Arte. Há-as também oriundas da música mesmo que apenas pela circunstância de se nascer filha de um músico. E, em doses muito pequeninas, equitativamente repartidas, do desporto, do jornalismo, da moda, da literatura e da política. Além da Duquesa de Alba obviamente.
Talvez tudo isto dê para pensar. Como seria se Gabriel Garcia Marquez não tivesse morrido em 2014? Nem Ariel Sharon?
Lê-se pouco, isso é verdade. E dos governantes muito se pode esperar de desentusiasmante. Ainda assim corre-se o risco de fazer da fantasia realidade. Ou de se circunscrever o mundo às páginas cor-de-rosa de algumas revistas. Numa espécie de propensão para - quanto mais depauperados mais fascinados com o glamour das estrelas do cinema.
Estas agradecerão, entretanto, a atenção dispensada (certificando a sua relativa eternidade) mesmo porque, de outro modo (em vida), queixar-se-iam também de a sorte os ter deixado na mendicidade ou quase.