Mais Tempo
João-Afonso Machado, 01.03.14
O silêncio perpetua o granito e o Tempo oscila apenas entre o frio dos musgos e o brilho solar. Como se os corações vivos se resumissem aos sinos das torres. O Tempo é o tema do desconhecimento da dor, a indiferença dos dias vividos entre o antes e o depois.
São testemunhas esses mesmos torreões e os beijos de ontem, esquecidos, e as lágrimas de hoje, ignoradas - um depoimento recusado talvez porque não passasse despercebido o alheamento do juiz. Vale algo esperar justiça, reconciliação?
Não se sabe. O Tempo, supostamente conselheiral, não esclarece.