Alentejo
É a alma posta a correr por quilómetros e quilómetros. A arfar. E depois a respirar fundo, enchendo-se de força seja lá para o que houver de ser. O Alentejo não tem fim à vista nem outra orientação além do sol. Se é um deserto? Nunca! A não ser que o deserto tenha os cheiros, as surpresas, a variedade de espécies animais que ali encontramos. E os longínquos sons da vida, o cantar das convicções a borbulharem-nos no espírito. Tudo muito só para nós, entre a algazarra das caçadas e da boa comida dos alentejanos.
Por isso, podendo, vou sempre. Entre amigos e fé e quanto os meus olhos captem e ajudem a enriquecer o meu mundo, essa imparável roda de hipóteses e conjecturas.