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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

A voz dos olhos

João-Afonso Machado, 10.10.13

Não fales aos saltos, Mécia. E tu, Tareja, pára um pouco, lembra-te da tua mãe e daquelas suas mansas palavras. Pobrezinha, julgo ser a primeira vez que a invoco, depois do seu desaparecimento, ah!, soubesse eu quem a levou, um javali não ficaria mais furado...

Foi um belo início de tarde, cachopas. aquele solzinho nos degraus, as cabriolices da Mécia - nunca mais ganhas juizo! - a esquiva meiguice da Tareja, as ideias sempre a boiar no tanque dos peixes, mas que diabo de vício, para o que havia de te dar!

Não fora ter de regressar ao trabalho... carregado de beijos teus, Mécia! (E de muita festa tua, Tareja, eu sei...).

Ouvimos a máquina a cortar o milho no campo maior. Sábado, hão-de restar apenas uns troços e bocados de espigas caídos do atrelado do tractor. Um banquete para as perdizes! Elas têm voado por aí. Sábado o engodo não falhará, de certeza. Toca a desentupir esses narizes, cachopas! A volta promete.

E teremos um dia inteiro para conversar. Como antigamente com a querida Minês... Com os olhos e as lágrimas e muitos beijos, tanto meus como vossos. Vai ser dificil esperar até lá! Sobretudo porque não existe outra linguagem que melhor se entenda.

 

 

Passos em directo

João-Afonso Machado, 10.10.13

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Suponho ter sido uma iniciativa inédita - e mesmo corajosa, atendendo à actual atitude desconfiada dos portugueses ante o Poder Executivo.  Foi uma troca de impressões, chamemos-lhe assim, rápida e com limitações de tempo entre o 1º Ministro e um grupo de cidadãos escolhidos ignoro sob que critérios. Enfim, Passos Coelho deu a cara em directo na RTP1 ante uma plateia numerosa e disciplinada.

Os temas versados foram os costumeiros: a Saúde, a Justiça. o Ensino, os Transportes, os custos da Interioridade, a Fiscalidade, a Agricultura, o Emprego.

No fundo, cada interveniente apresentou o seu problema pessoal, sendo certo que esses mesmos podem ser multiplicados por dezenas ou centenas de milhar.

Passos respodeu como soube e foi capaz. Convenceu?

Passando ao lado o arrojo da iniciativa, a questão da apresentação de argumentos convincentes, em boa verdade, sequer se punha. Ninguém terá entrado no estúdio na disposição de ser explicado ou convencido. Apenas na de desabafar.

O País mudou e há, pelo que se vê, quem ainda acredite em "sessões de esclarecimento". Pura perda de tempo. Já não estamos em 1975/76. Hoje adere quem já aderiu e escarnece quem vem sempre escarnecendo. Actualmente valem ao eleitorado o assanhamento sindicalista ou os festivais Barreiros/Carrrera. Só.

E lá fora, à porta dos estúdios, era assim.