Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

A Sorbonne inútil ou a cegueira de Sócrates

João-Afonso Machado, 29.09.13

PINÓQUIO.JPG

A Esquerda e a Direita. Ou o PS vs.  PSD? Sócrates não sabe ou não quer saber. E entrou a matar no comentário onde, malfadadamente, continua na RTP1. Nem os esforços de Morais Sarmento, para que siga uma linha coerente de discurso, surtem qualquer efeito. O alvo a abater é o PSD e os cidadãos, por este andar, vêem entrar em sua casa um enorme nariz, oriundo do lado de lá do ecrã televisivo.

Sócrates não gosta do PSD? Porreiro, pá. Mas daí a ocultar a verdade... A verdade é que o PS (ou melhor: a Esquerda, mesmo a basiliana) perdeu no mais populoso concelho do País - Sintra. E perdeu na segunda cidade nossa - no Porto. E talvez perca na terceira - Braga.

E perdeu em V. N. de Famalicão, onde a coligação de Direita alcançou a maioria absoluta.

E em Ponte de Lima, para o CDS.

E...

Sócrates: estamos todos fartos da crise. Estamos, também, fartos do PS, o importador da crise. E, sobretudo, estamos todos fartos de tanta mentira socratina.

Destino: Lisboa

João-Afonso Machado, 29.09.13

Vão lá muitos anos, era ainda o tempo dos estudos universitários. Num qualquer aperto para chegar a Santa Apolónia e apanhar o célebre "correio", em que se dormia a noite toda de pé, encostado aos varões das janelas, chamei um taxi e pedi velocidade. Já não sei em que ponto, o condutor, irritado com a lesma que seguia à frente, vociferou contra os seus prováveis 60 anos, de «pés para a cova» e ainda naquelas andanças...

Lembrei-lhe apenas que haviamos de lá chegar - aos 60 - e o que sentiriamos então. O homem constatou a realidade mais certa que temos pela frente - a inexorabilidade do tempo - e resignou-se, como também eu admitia o risco de um comboio perdido.

Volvidas três décadas e meia, que será feito dele? Os 60, alcançou-os há muito; e a fumar daquela maneira... algo me diz jaz algures na eternidade das suas convicções, para mim desconhecidas, e do anonimato próprio de qualquer mundo de milhões.

Essa a maior diferença, entre uma Lisboa repleta como um formigueiro e a provincia a que pertenço, onde todos vão sabendo das desventuras de todos, e a vida se encarregaria de me cruzar com o dito taxista outra e outra vez. Esse o fascínio das grandes metrópoles, de que Lisboa será caso ímpar entre nós: a imensidão, os caprichos do acaso, um perpétuo Passado que acaba ali mesmo, naquele instante de que somente restou a memória.

Depois da Faculdade sucederam-se anos de ausência; outros de pândega; uns tantos de deslocações de trabalho; e uma passagem para esquecer, mescla de pretensões literárias e burguesas preocupações financeiras. Com alguns bons momentos turisticos de permeio.

Assim seja Lisboa: a imensidão das mil e uma fotografias, os amigos e amigas adaptadas ao seu infernal trânsito. Uma visita, quantos percursos de exploração. A renovada sensação do desconhecido, sucedâneo de outras descolagens, para remotos destinos, do avião.

Parto amanhã já com programa para uns dias...