Autárquicas
Não deixei de comparecer, hoje. A freguesia (a minha) reunia hoje em qualquer coisa que, resumidamente, era o apelo ao voto em um dos candidatos à Junta. Obviamente, o da minha preferência.
Houve discurso, houve cantares ao desafio. Com três intervenientes musicais: ela de Arouca, eles, um de Barcelos, o outro de Vermoim. O programa desenrolou-se sobretudo em torno das calças dos ditos, belíssimas, restava saber se com algo de válido lá dentro. Foi uma brincadeira pegada, quem estava gostou, riu-se, não demonstrou enfado. Por aqui é assim.
É claro, o candidato à Junta tem a sua empresa, o seu sólido modo de vida. Emprega gente e não precisa do metier autárquico para nada. Vai lá por devoção e espírito de serviço. Caso perca, no dia seguinte está em volta do torno que é o que faz há anos sem conta.
Conheço-o de longa data para poder afirmar a sua falha de ambições políticas. Não fora assim, há muito se embrenhara nas partidarites.
Ainda falaremos de Seguro e da sua recente descoberta do Interior. Por ora, apenas este registo: um freguês cidadão jovem, ciente das falhas socialistas dos últimos anos, em pleno coração do Minho decide perder dinheiro. Delega responsabilidades na sua indústria e faz-se à estrada.
Sem medo do vespeiro.