Intervalo no veraneio
A extravagância decorre sobretudo da leitura da crónica de Pedro Bacelar de Vasconcelos, hoje, no JN, e consiste, obviamente, no comentário político em tempo de férias, com o calor a apertar. Mas a isenção com que é referida a transversalidade das ligações entre o mundo da política e o financeiro merece bem o sublinhado e duas palavras mais.
Isto a propósito ainda dos famigerados swaps. Um tema já enjoativo onde a única conclusão possivel é a de que todos lá foram molhar o bico e sacudir as penas. Ou seja, confortar o bolso e disfarçar as contas públicas, sempre devedoras.
No fundo, fala-se da nossa sina, incontornável, até que inventemos uma classe política nova, despida de aventais maçónicos e sinceramente vocacionada para o bem comum.
Enquanto não, uma nota apenas: já lá vão não sei quantas semanas e os swaps continuam nas páginas principais da Imprensa, com a Esquerda unida, exigindo a guilhotina a funcionar 24 horas por dia. É bom sinal - é sinal que não tem mais por onde atacar.