Algumas recentes afirmações dos senhores da "nossa" política, retomando a questão do «pântano» em que nos atolámos, lembraram inevitavelmente António Guterres e a célebre hecatombe autarquica socialista em 2002 (se não estou em erro). E uma velha questão, para a qual jamais obtive resposta satisfatória: Guterres, militante do PS, - como e porquê? Exactamente como me interrogaria se o visado fosse - por exemplo - Adelino Amaro da Costa, um desapreciador do seu bigode dos idos do PREC.
É bem claro que Guterres gastou mais tempo a tentar segurar as pontas de um partido republicano e maçónico do que a governar. Vai daí... E não serão menos evidentes os efeitos dessa vacina: ou alguém acreditará que ele quer algo mais com essa malta?
Guterres era um homem sério. Padeceu por isso.
Quem diz sério, diz honesto. Por isso padeceu de cabeça para baixo como Pedro, o dos Evangelhos.
Ocorre haver um outro Pedro, o dos passos do nosso Executivo, que anda como coelho sem vislumbrar a lura. Espingardado por todos os lados.
Entendamo-nos. Entre Pedro (o tal "passos perdidos") e o pseudo-refilão Tozé - mil vezes Pedro. Mas o «pântano» (de resto, criado pela Esquerda e alimentado por ela que insiste em nos atrair para ele) é já uma realidade. Sendo certo que todos sabemos quanto vamos "apertar" nos decénios seguintes.
Daí não creio seja de assustar demasiadamente a - dita - tenebrosa «crise politica».
E daí, ainda, a explêndida oportunidade (à falta de outra) de entregar o Poder à Esquerda, senão antes, depois das Autárquicas.
"Eles" exigem eleições já. Por muito escorregadios que sejam, há registos, assegurar-se-á a memória. E depois é deixá-los. Revivalisticamente. A ver se Soares, nessa altura, ainda volta a insurgir-se contra os comunistas...
E, sobretudo, porque os portugueses só aprendem com uma pancada da cabeça na parede - de fresca data.