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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Ainda a greve dos professores

João-Afonso Machado, 18.06.13

A conversa estava interessantíssima, nos intervalos em que elas, ambas professoras, não discorriam sobre a maçada da carga horária e da reforma e das avaliações e das suas regalias. A conversa - a verdadeira conversa - centrava-se mais na excitação de ir a Lisboa, nesse dia de passeio, com viagem ainda por cima de borla. É claro, não estava em causa a perfidia do ministro. Mas o que as levava à Capital era, entusiasmadamente, as montras, a companhia, o fim-de-semana fora da norma. E a televisão, a t-shirt, o carnaval na Avenida da Liberdade. Por isso mesmo, o grande chefe Mário Nogueira foi jamais chamado à colação. Ele ou os sindicatos ou mesmo o ministro, pelo menos em assanhadas palavras contra a sua alegada prepotência.

Partiram cá de cima e levaram farnel. No dia seguinte contaram tudo: tinha sido um forrobodó.

Aliás, com tradições. Como bem explicava aqueloutro professor, a meio caminho entre a escola básica e o seminário - porventura um mestre de Religião e Moral, um homem desconhecedor da mentira - já tinham entalado este e mais este ministro (e nomeava-os todos, desde Guterres para cá) pelo que também Crato cairia aos pés dos docentes portugueses. Era só mais um...

Bem vistas as coisas, Portugal só tem um problema - é não ter safa alguma...