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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Ao longo da República

João-Afonso Machado, 30.04.13

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Cada uma das Repúblicas que nos perspassaram os dias teve os seus tiques próprios, bem demonstrativos de que em Política o que parece é. Ou não é - senão, in casu, a mais irrefutável farsa.

Foi assim que, durante toda a I República, a gente de todos os partidos mais não fez além de enaltecer o republicanismo próprio e as fracas convicções ou qualidades republicanas dos adversários. Dos inimigos, porque disso se tratava. Foram 16 anos de fome generalizada numa imensa sala de aulas onde apenas se pretendeu defender e enaltecer as virtudes da República.

Já não assim com os próximos da "Situação" durante 48 anos de II República. Em novo capítulo do desastre nacional, interessava sobretudo dar mostras de fidelidade a Salazar e aos seus ditâmes. A ofensa estava em acusar o próximo de não - ou não totalmente - salazarista.

Finalmente a III República e as suas quase 40 velas.

O lema é a "democracia". Algo ainda não suficientemente enraizado na classe política e mesmo no eleitorado (pelos vistos), a avaliar pelo constante estribilho da Esquerda, por regra menos votada do que a Direita, mas sempre invectivando esta de tudo capaz de exemplificar a sua incompreensão do Povo. O seu desprezo pelas regras do jogo democrático.

O que, em suma, quererá significar que a República nasceu, cresceu e agora definha sempre discutindo conceitos. Muito mais do que fazendo obra. Ou uma História de que nos possamos orgulhar.

República-Salazar-Democracia, obsessões não resolvidas, a troca de argumentos a que se subsumem estas décadas de desportugalidade.