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A rotina no quartel é o entra-e-sai das ambulâncias, o cessa-e-começa dos piquetes; ou o ginásio e as aulas de dança, depois do horário de trabalho... A época pascal traz consigo outras efemérides, a fanfarra principia, por isso, os seus ensaios. E hoje foi à rua, em direcção à Matriz velha. Atrás dela o desfile, creio bem, das velhas guardas, a vez dos mais medalhados. Em farda de gala e solene marchar.
Era a missa dos Voluntários de Famalicão. Porque assim os intitulou El-Rei D. Carlos, - da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de V. N. de Famalicão. Manhãzinha cedo. E a cidade acordou com o ribombar dos bombos, espreitou à janela e desceu à porta, acompanhando a manifestação. Como sempre procedeu desde a derradeira década de Oitocentos, aquando da fundação da Corporação. Uns tantos por curiosidade; a maioria porque entre os que marchavam sempre se descobria uma cara conhecida, um primo, um amigo, alguém das suas relações.
No regresso ao quartel, após as solenidades, parecia já o triunfo dos césares. Seguir-se-ia o almoço de Páscoa dos Bombeiros. Vive-se muito destes abraços entre conterrâneos fora da impessoalidade dos grandes centros urbanos.