Bento XVI - o sentido de um pontificado
E assim terminou o pontificado de Bento XVI: na forma inesperada, rara e quase inédita, misteriosa como tanto do que compõe a vida na Igreja Católica. Mas, decerto, não obra do acaso ou de um capricho. E muito à margem das habituais especulações de quem lê os designios de Deus pela cartilha das manobras dos políticos. Ou seja: sempre farejando o escândalo.
Assim mesmo, Fátima Campos Ferreira entrevistava um sacerdote português no Vaticano. No tom mais ansioso a atreito ao sensacionalismo. Interrompendo - Fátima Campos Ferreira não consegue aprender - palavras serenas, invocativas do Espírito Santo, sorridentes de confiança no Futuro, com perguntas menores sobre "casos", mormente o mais "saboroso", o da pedofilia.
Riem-se os crentes: como se um sucessor de Pedro recuasse perante essas lamentáveis ocorrências, fugisse delas, evitasse combatê-las...
O tempo passa, o Santo Padre despede-se, a mensagem parece cada vez mais clara: a resignação, com raizes históricas antigas, hoje quase uma "lança em África", não custa acreditar seja um exemplo que fique. Por isso, propositadamente praticado. Pela energia que carecerá aos mais velhos para enfrentar os grandes problemas globais. Em África, justamente, - e por exemplo.