O "documento de Coimbra"
Primeiro foi «Portugal Primeiro», até que uma cotovelada aflita o avisou do plágio, Passos Coelho já rabiscara papel similar com idêntico título: urgia alterar, quer dizer, inovar. Mais a mais, tratava-se de um documento estratégico, assunto não dispiciendo, plagiária era a tua tia, pá!
De resto, embora a paternidade do poema pertencesse a Tozé, facto não desmentido foi o contributo de outros tantos vates, de todos se destacando o genial Costa. Ainda que, numa estrutura simplificada, perorando a maioria absoluta nas Legislativas, augurando rimbombantes resultados nas Autárquicas. Nos prolegómenos, a constatação da realidade do País, o enunciar de propostas alternativas às do Governo e a invocação da divina confiança nos portugueses e no Partido.
Em período de assumidas tréguas «artificiais» foi o que saiu. Carnavalescamente. Aparentando a generosidade de um "Pacto da Granja", solene e históricamente como se se lavrassem as actas das Cortes de Lamego. Dirão os vindouros - texto apócrifo também, posto saber-se que os signatários manducavam, então, leitão assado na Mealhada.
E esta, não outra, será a verídica história do documento de Coimbra. Afiançá-lo-à, antes dos mais, o cronista Pedro Silva Pereira.