O Bom Ano Novo possivel
A pândega política é fértil em iniciativas assim: haja uma data, um ajuntamentozinho, umas palavras de ordem... e temos aí nova organização, outro assomo de cidadania dos mesmos preocupados de sempre com a intervenção cívica.
E a vulgarização deste patriotismo descartável dá em a gente sequer ter reparado no parto feliz de mais uma - o Congresso Democrático das Alternativas; em 5 de Outubro, ainda por cima.
Com o arrumar do ano que hoje finda, descobriu-se, entretanto, a deserção de alguns notáveis: Vasco Lourenço, marechal abrilino, e Alfredo Barroso, denodado sportinguista. Em duas palavras, porque alguém (vindo da área bloquista, segundo se diz) estava tentando partidarizar tão ilustre e representativa entidade.
(A Esquerda mantém-se voraz. Obviamente. Dela jamais advirão Festas Felizes).
Sirva o exemplo para que encaremos com outros olhos o quase chegado 2013. Trata-se, somente, de desligar o complicador. E, já agora, atentar nesta premonição que nem Zandinga captaria: vem aí o ano das Autarquias (para além de ser também o das Autárquicas) - o ano em que os portugueses sentirão, enfim, quanto o Poder Local lhes pode valer neste calvário fiscal e de prepotência estatal. Num ressuscitar de solidariedade entre as gentes da nossa terra.
Para todos, o Bom Ano Novo possivel.