Rotas de um livro novo
O texto escrito, paginado, revisto... A capa, pensada e repensada, finalmente uma expressão. Um rosto, há quem diga assim. Alea jacta est, suspira-se. Agora segue-se o mais complicado, neste mundo de filhos enjeitados e oportunidades perdidas.
Lançar, apresentar, um livro é o calvário. Todo o peso da cruz. Tão maior do que aquele que haviamos de esquecer após a investigação, a escrita, a catarse ou a euforia. Justamente quando se pensa que o encontro do autor com as palavras fechou o capítulo. E obteve justiça e a paz na alma. Não! É então que principia a grande travessia. Apenas porque publicado, o livro, se pretende seja lido.
E a sua leitura está quase só nas mãos dos amigos. A percentagem restante na contabilidade das livrarias. Divulgá-lo é colocá-lo na linha da lealdade do leitor com o escrevedor sobre as páginas daquele volume.
É doloroso. Gostar de oferecer, obrigar-se a vender! Mas, a não ser como é, restaria o serão literário sem capa nem páginas com sequência. Consumidas no instante de um amabilíssimo jantar. Desprovido de perpetuidade.
Por isso, assim havemos de viver em tais contigências - do agrupar dos amigos e dos amigos dos amigos. Dos conhecidos, de imediato elevados a amigos. Eu não sabia, até consagrados nomes de escritores mais adestrados me favorecerem com o conselho: manda convites, apresenta...
E por isso batalho por outro livro mais, não o próximo, nem sei qual, em que tudo não necessite ser deste modo. Batalho por esse livro em que me releia nas mãos de qualquer apreciador gozando a escrita e a amenidade do sol poente no colorido do horizonte.
Até lá... obrigado, queridos amigos e apoiantes!