O País precisa ser governado à esquerda
Os comunistas conseguiram! As ruas voltaram a encher-se do oco e opaco "o povo unido jamais será vencido!". Triste sinal de um povo iludido e esquecido, sempre perdido. A necessitar, uma vez por todas, de ser esclarecido.
Por isso o Poder à Esquerda! O Poder entregue à arrogância que invade a Kapital, como nos velhos e hegemónicos tempos do Kremlin e da impunidade com que se insulta e apedreja a polícia (por seu turno invariavelmente culpada de bastonadas em cabeças sempre inocentes e "por acaso" ali) e se incendeia e vandaliza o património público e privado.
A agitação de ontem em Lisboa foi um «sinal vermelho» - basofiou Arménio Carlos - aos governantes eleitos por inquestionável maioria. Mas já a CGTP, o PCP ou mesmo um qualquer estivador falam em nome de todos os portugueses, e assim provocam, agridem e destroem com a autoridade imensa dos piquetes de greve.
O Governo, hediondo, está sozinho? A afirmação, gravíssima, tem donos: o Kamarada Jerónimo, os herdeiros de Louçã, mesmo o respigadote Tozé. E os embuçados dos petardos e das pedras roubadas às calçadas. Pois bem: se a certeza é tanta, nada como gentilmente lhes ceder as funções executivas. Permitindo vir à tona as suas miraculosas fórmulas de recuperação económica, de salvaguarda de direitos laborais, de atenuação da austeridade.
Porque é tempo de purgar o País dessas e de outras falácias. Dos Otelos e dos Garcias Pereiras à solta por aí, invectivando à «revolta» contra os «assassinos» frente às câmaras televisivas. E de toda a demagogia e irresponsabilidade de quantos instigadores, então inevitavelmente confrontados com o Povo - afinal em que ficamos? não é devido o prometido? - , deixando-os grevarem-se pelas pernas abaixo.
Falta-nos outro "25". Não de Abril mas de Novembro. Onde (ao contrário do afirmado por Melo Antunes), o PCP - e similares - não sejam arvorados ao galarim de essenciais à democracia, pela simples razão de não serem uma causa mas antes um efeito da liberdade de todos nós. Onde, desta feita, cesse finalmente a tirania moral ainda praticada pela Esquerda.