Arquitecturas
Oviedo, capital dos primeiros passos de uma História de muitos séculos, a da Reconquista cristã. Para lá de picos mais altos do que as nuvens e de todos os desfiladeiros onde os muçulmanos perderam a esperança de se assenhorear por completo da Peninsula Ibérica. Não é difícil imaginar o que por lá vai de referências do Passado e de orgulho identitário. A par com surpresas absolutas, as mais inesperadas.
A arquitectura moderna tem beleza e tem o seu lugar na evolução da urbe. Decerto movimentando-se centrifugamente, tal qual a cidade cresce do centro para a periferia. É uma opinião, a minha - a opinião de quem admirou o "Edifício Santiago Calatrava", emaranhado de espaços de cultura e de comércio ou lazer, imaginação de formas a lembrar a lisboeta Gare do Oriente. Porque, num caso e no outro, o arquitecto foi o mesmo - justamente Santiago Calatrava.
E, em ambos, em cidades com longos memoriais, assim não prejudicadas na sua natural expansão, no desejável curso por que o Tempo todas as polémicas transforma em quietas manifestações de Arte.